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PUBLICAÇÕES
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Não deixe suas panelas brilharem mais do que você!!!!
Não leve a faxina ou o trabalho tão a sério!
Pense que a camada de pó vai proteger a madeira que está por baixo dela!
Uma casa só vai virar um lar quando você for capaz de escrever “Eu te amo” sobre os móveis!
Antigamente eu gastava no mínimo 8 horas por semana para manter tudo bem limpo, caso “alguém aparecesse para visitar” – mas depois descobri que ninguém passa “por acaso” para visitar – todos estão muito ocupados passeando, se divertindo e aproveitando a vida!
E agora, se alguém aparecer de repente?
Não tenho que explicar a situação da minha casa a ninguém…
…as pessoas não estão interessadas em saber o que eu fiquei fazendo o dia todo enquanto elas passeavam, se divertiam e aproveitavam a vida…
Caso você ainda não tenha percebido: A VIDA É CURTA… APROVEITE-A!!!
Tire o pó… se precisar…
Mas não seria melhor pintar um quadro ou escrever uma carta, dar um passeio ou visitar um amigo, assar um bolo e lamber a colher suja de massa, plantar e regar umas sementinhas?
Pese muito bem a diferença entre QUERER e PRECISAR !
Tire o pó… se precisar…
Mas você não terá muito tempo livre…
Para beber champanhe, nadar na praia (ou na piscina), escalar montanhas, brincar com os cachorros, ouvir música e ler livros, cultivar os amigos e aproveitar a vida!!!
Tire o pó… se precisar…
Mas a vida continua lá fora, o sol iluminando os olhos, o vento agitando os cabelos, um floco de neve, as gotas da chuva caindo mansamente….
- Pense bem, este dia não voltará jamais!!!
Tire o pó… se precisar…
mas não se esqueça que você vai envelhecer e muita coisa não será mais tão fácil de fazer como agora…
E quando você partir, como todos nós partiremos um dia, também vai virar pó!!!
Ninguém vai se lembrar de quantas contas você pagou, nem de sua casa tão limpinha, mas vão se lembrar de sua amizade, de sua alegria e do que você ensinou.
AFINAL:
“Não é o que você juntou, e sim o que você espalhou que reflete como você viveu a sua vida.”
(Autor desconhecido )

 

 

ALIENAÇÃO PARENTAL: AMOR QUE EXCLUI
Marjorie Calumby Gomes de Almeida

 

"A família não nasce pronta, constrói-se aos
poucos, no dia a dia, no passo a passo
e é o maior e melhor laboratório do amor".

 

A família é considerada uma instituição responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o comportamento, a conduta dos mesmos no meio social. A função da família no desenvolvimento de cada sujeito é de vital importância. É no seio familiar que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações.
O meio familiar deve ser um ambiente onde se promova e se propague a harmonia, afetos, proteção e todo o tipo de apoio imprescindível na resolução de conflitos ou problemas de algum dos membros. As relações de confiança, segurança, conforto e bem-estar proporcionam a unidade familiar.
Além da tradicional estrutura familiar denominada nuclear ou elementar, as transformações sociais e culturais, conduziram a existências de diferentes estruturas familiares. Se por um lado os tempos mudaram, as ferramentas para educar as crianças também. Porém, o objetivo de educar os filhos continua o mesmo: os Pais devem querer que os filhos cresçam com valores com as condições necessárias para criar o seu próprio projeto de vida, para que sejam felizes e que possam cooperar em prol dos que necessitam. Ou seja, Os Pais são os principais responsáveis que podem ajudar os filhos a adquirirem as únicas ferramentas necessárias para que estes ingressem na vida adulta, para que os mesmos possam tomar as próprias decisões e sejam capazes de traçar e trilhar os caminhos que desejam para suas vidas. Para que as crianças cresçam desta forma é fundamental que na infância os Pais tenham sensatez na hora de educar e possam ser, sobretudo mentores da educação dos filhos, cientes de que tipo de indivíduo idealizam preparar para a vida e para o mundo.

A Alienação Parental X A Síndrome de Alienação Parental
Como é sabido, os tempos mudaram e com eles os modelos de famílias também. Com muitos divórcios, algumas pessoas constituem várias famílias no decorrer da vida e muitas vezes são gerados filhos dessas uniões. Muitos pais solteiros, separados ou divorciados não imaginam como falar a respeito do cônjuge na presença dos filhos. Devido aos ressentimentos e circunstâncias ainda não e/ou mal resolvidas acabam por destilar toda a amargura nos comentários que fazem na frente dos filhos e isso faz com que os mesmos cresçam com uma impressão prejudicada em relação à figura do pai ou da mãe. A este tipo de situação é denominada ALIENAÇÃO PARENTAL. Trata-se de um assunto relativamente novo, porém a sua prática é bastante comum entre as famílias, seu efeito e consequência são devastadores, comumente ocorre quando casais separam-se e disputa a guarda dos filhos, ruptura essa que por alguma razão traz para um dos cônjuges o sentimento de raiva, o que o faz usar seu próprio filho como instrumento de vingança. Para o autor Richard Gardner (2007), “a alienação parental é um processo que consiste em programar uma criança para que, sem justificativa, odeie um dos seus genitores.”
Quando a criança absorve essa imagem negativa caracterizada por um conjunto de sintomas pelos quais um genitor, denominado cônjuge alienador, altera a consciência de seus filhos, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, com o objetivo de impedir, dificultar ou extinguir seus vínculos com o outro genitor, denominado cônjuge alienado, sem que existam motivos reais que justifiquem essa condição, origina-se então A Síndrome de Alienação Parental.
[...]. Dessa maneira, podemos dizer que o alienador “educa” os filhos no ódio contra o outro genitor, seu pai ou sua mãe, até conseguir que eles, de modo próprio, levam a cabo esse rechaço. As estratégias de alienação parental são múltiplas e tão variadas quanto à mente humana pode conceber, mas a síndrome possui um denominador comum que se organiza em torno de avaliações prejudiciais, negativas, desqualificadoras e injuriosas em relação ao outro genitor, A criança é induzida a afastar-se de quem ama e que também a ama. Isso gera contradição de sentimentos e destruição do vínculo entre ambos. Restando órfão do genitor alienado, acaba identificando-se com o genitor patológico, passando a aceitar como verdadeiro tudo o que lhe é informado. (DIAS, 2009, TELLES E NORA, 2010).
Segundo Marcos Antônio Pinho,
A Síndrome não se confunde com a Alienação Parental, pois que aquela geralmente decorre desta, ou seja, ao passo que a AP se liga ao afastamento do filho de um pai através de manobras da titular da guarda; a Síndrome, por seu turno, diz respeito às questões emocionais, aos danos e sequelas que a criança e o adolescente vêm a padecer.

IDENTIFICANDO A SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL.
A Síndrome de Alienação Parental (SAP) foi definida, em meados dos anos oitenta, nos Estados Unidos, por Richard Gardner (1931-2003), como:
Um distúrbio da infância que aparece quase exclusivamente no contexto de disputas de custódia de crianças. Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação. Resulta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a “lavagem cerebral, programação, doutrinação”) e contribuições da própria criança para caluniar o genitor-alvo. Quando o abuso e/ou a negligência parentais verdadeiros estão presentes, a animosidade da criança pode ser justificada, e assim a explicação de Síndrome de Alienação Parental para a hostilidade da criança não é aplicável.
O psiquiatra Richard Gardner identificou um conjunto de comportamentos nas crianças e nos progenitores alienadores, que possibilitam identificar um quadro de Síndrome de Alienação Parental:

a- Recusa em passar as chamadas telefônicas aos filhos;
b- Desvalorizar e insultar o outro progenitor na presença dos filhos;
c- Tomar decisões importantes a respeito dos filhos sem consultar o outro progenitor (escolha de escola, religião, etc.);
d - Culpar o outro progenitor pelo mau comportamento dos filhos;
e- Organizar várias atividades com os filhos durante o período que o outro progenitor deve normalmente exercer o direito de visitas, entre outros.
Outros Sinais da Síndrome
Veja as atitudes mais comuns ao guardião portador da SAP branda:
a - “Esquece” de informar compromissos da criança em que a presença da outra parte seria importante;
b - “Esquece” de informar sobre consultas médicas e reuniões escolares;
c - “Esquece” de avisar sobre festas escolares;
d - “Esquece” de dar recados deixados pelo outro genitor;
e - Fazer comentários “inocentes”, pejorativos, sobre o outro genitor;
f - Mencionar que o outro se esqueceu de comparecer às festas, compromissos, consultas, competições.
g - Criar programas incríveis para os dias em que o menor deverá visitar o genitor;
h - Telefonar incessantemente durante o período de visitação;
i - Pedir que a criança telefone durante todo o período de visitação;
j - Dizer como se sente abandonado e solitário durante o período que o menor está com o outro genitor;
k - Determinar que tipo de programa o genitor possa ou não fazer com o menor.
Para Podevyn apud Major (2001):

Os efeitos nas crianças vítimas da Síndrome de Alienação Parental podem ser uma depressão crônica, incapacidade de adaptação em ambiente psicossocial normal, transtornos de identidade e de imagem, desespero, sentimento incontrolável de culpa, sentimento de isolamento, comportamento hostil, falta de organização, dupla personalidade, e às vezes suicídio. Estudos tem mostrado que, quando adultas, as vítimas da alienação tem inclinação ao álcool e as drogas, e apresentam outros sintomas de profundo mal-estar.

Como ressalta Maria Berenice Dias, primeira mulher a ingressar na magistratura no Rio Grande do Sul, fundadora do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM:
Muitas vezes, quando da ruptura da vida conjugal, um dos cônjuges não consegue elaborar adequadamente o luto da separação e do sentimento de rejeição, de traição, surge um desejo de vingança. É desencadeado um processo de destruição, de desmoralização, de descrédito do ex-parceiro. O filho é utilizado como instrumento de agressividade – é induzido a odiar o outro genitor. Trata-se de uma verdadeira campanha de desmoralização. (Manual de Direito das Famílias)
A Lei da Alienação Parental

A lei 12.318/2010 foi feita para facilitar a intervenção judiciária e atender o Melhor Interesse da Criança ou Adolescente, sua expectativa é contribuir para inibir ou atenuar os processos da Alienação Parental. Essa prática deve ser eliminada antes de se instalar, começando com o esclarecimento, a comunicação, divulgação e advertências, ou se for um caso mais complexo, aplicar as punições previstas na Lei.
Quando a Síndrome de Alienação Parental alcança um estágio grave é possível transferir a guarda judicial para o genitor alienado ou para um terceiro, mediante um programa de transição intermediado por um psicoterapeuta, mantendo-se o acompanhamento psicológico vinculado ao procedimento judicial.

CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Pesquisas indicam que 80% dos filhos de pais divorciados ou em processo de separação já sofreram algum tipo de alienação parental; mais de 25 milhões de crianças sofrem este tipo de violência; no Brasil, o número de “Órfãos de Pais Vivos” é proporcionalmente o maior do mundo, fruto de mães, que, pouco a pouco, apagam a figura do pai da vida e imaginário da criança. Pesquisa realizada nos Tribunais de Justiça brasileiros constatou mais de 30 acórdãos relacionados à Alienação Parental, mormente nos Tribunais do RJ (05) RS (10) e SP (20). A Lei da Alienação Parental, 12.318 foi sancionada no dia 26 de agosto de 2010 e surgiu para evitar maiores danos causados as crianças que são usadas como instrumentos de vinganças. Esta lei possibilita a abertura das portas para que a sociedade e os operadores do direito venham a combater esta conduta bárbara que é utilizar crianças e adolescentes como armas vingativas de alto poder de destruição. Sua aplicação deverá ser bem conduzida, pois estará interferindo em relações cheias de emoções, sentimentos complexos e relações bastante desgastadas.
Não importa como o genitor se sinta sobre seu ex parceiro. O filho precisa ter a possibilidade de formar a própria opinião a respeito do tipo de relacionamento que ele quer continuar a ter com o pai ou a mãe.
Não se deve permitir que os filhos se envolvam nos conflitos dos adultos, quer seja presenciando ou sendo usado como `moeda de troca`. Jamais deve ser permito que filhos sejam punidos sendo privados de terem contato com o seu pai ou mãe, só porque não estão mais juntos. Tomando esses pequenos cuidados, os pais estarão ajudando seus filhos a terem uma visão saudável e positiva a respeito dos relacionamentos e a desenvolverem estratégias para lidar com os conflitos. Com certeza, eles os respeitarão mais por isso.
Os pais precisam lembrar de que a vida adulta dos seus filhos irá requerer pessoas que tenham ética, caráter e que contribuam com o mundo, ajudando a aliviar as misérias humanas. Para isso é necessário que os pais invistam na construção de um lar fortalecido, pelo amor, compreensão e valores familiares. Quais são os seus valores? Seus filhos sabem quais são os valores que a sua família preza? A melhor maneira de passar os valores familiares é vivê-los no dia a dia. Deve-se procurar demonstrar aos filhos a importância da boa instrução. Deve-se ser consistente no seu comportamento e nas suas escolhas, sendo um exemplo para seus filhos, principalmente quando são mais novos, de modo que incorporem estes valores em suas vidas.
Os pais jamais devem esquecer da importância do amor e do respeito mútuo, pois estes são capazes de cicatrizar feridas e preservar a saúde física, mental e emocional dos entes queridos. Crianças que sentem a presença do amor e do respeito no convívio entre os membros da família vivem mais felizes e bem resolvidas consigo mesmas e com o mundo, independentemente de terem seus pais morando juntos ou separados. Assim, conclui-se que para atender o melhor interesse da criança e do adolescente é imprescindível uma atitude clara, comprometida e de maturidade dos genitores para lidar com as questões afetivas, garantindo assim, a eficácia dos maiores princípios constitucionais, quais sejam: a dignidade da pessoa humana, o melhor interesse da criança e do adolescente, e o princípio da afetividade.

 

Bibliografia

 

AMBITO JURIDICO. Comunidade. O conceito de união estável e concubinato nos tribunais nacionais. Disponível em: <https://www.ambito-juridico.com.br/site/ index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=5910>. Acesso em: 10 fev. 2013.
Associação Brasileira criança feliz Disponível em: :https://www.criancafeliz.org/. Acesso em: 13 fev. 2013.
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. São Paulo, Editora RT, 2009.
GARDNER, Richard. O DSM-IV tem equivalente para o diagnóstico de Síndrome de
Alienação Parental (SAP)? Tradução de Rita Rafaeli. Disponível em: <https://www.alienacaoparental.com.br/textos-sobre-sap-1/o-dsm-iv-tem-equivalente>. Acesso em: 11 fev. 2013.
PINHO, Marco Antônio Garcia de. Alienação parental. Jus Navigandi, Teresina, ano 13, n. 2221, 31 jul. 2009. Disponível em: <https://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=13252>. Acesso em: 11 fev. 2013.
PODEVYN, François. Síndrome de Alienação Parental. 2001. Tradução por APASE – Associação de Pais e Mães Separados. www.apase.org.br

 

Publicado em 04/04/2013 12:00:00

 

Currículo(s) do(s) autor(es)

 

Marjorie Calumby Gomes de Almeida - (clique no nome para enviar um e-mail ao autor) -

 

Natural de Recife, reside há anos em Porto Alegre, cidade em que adotou e foi adotada com carinho. Entusiasta da leitura e encantada pelo mundo infantil dedica-se nos tempos livres a escrever artigos, voltados à educação e/ou psicopedagogia, muitos deles já foram publicados em diversos sites. Autora de cursos online voltados às áreas já mencionadas, do livro infantil: “Por que Tininha chorava na escola?” (2011, Porto Alegre – RS.) e colunista do site Portal da Educação.

 

 

 

 

 

 

COMO LIDAR COM A FOFOCA


Fonte: Carreira e certificações em TI
Aqui vão 4 regras básicas de como lidar com a fofoca e os fofoqueiros, tão comum em qualquer ambiente social:
1 – Identifique o fofoqueiro No ambiente de trabalho, nas conversinhas de corredor é possível perceber em pouco tempo aquelas pessoas que gostam de falar pelos cotovelos, que curtem uma especulação da vida dos outros. Tudo ele acha, deduz e já sai espalhando para quem queira ouvir. Preste atenção para não ser seduzido por sua fácil conversa.
2 – Evite fazer parte de seu grupo identificado o fofoqueiro, seja o mais profissional possível com ele. Se você percebeu que ele é um fofoqueiro, possivelmente outros também o reconheceram assim. Daí a importância de não andar com pessoas desse tipo, pois mesmo que não compartilhe de suas fofocas, será tachado igualmente como ele. É a velha máxima “diga-me com quem andas e lhe direi quem és”.
3 – Fofoca sobre você? confronte o fofoqueiro .Mesmo que você siga as regras básicas acima, ainda assim pode ser alvo do veneno do fofoqueiro. Aí não tem jeito, a saída é confrontá-lo de forma madura e adulta, envolver as pessoas que tiveram conhecimento das invenções do fofoqueiro e que podem estar sendo influenciadas por essas mentiras e assim tirar tudo a limpo.
4 – E se tudo isso não funcionar? Se não der certo não exite em levar o assunto aos superiores para que tomem as devidas providências. E não espere muito para isso, porque fococa espalha mais rápido que a gripe suína. Não deixe que informações distorcidas ou completamente irreais sobre você cheguem aos ouvidos superiores e seja “queimado” por algo que não fez ou não tenha relação com seu trabalho.
Mas a fofoca pode ocorrer em qualquer ambiente. Para dar um basta a uma situação de fofoca , falar a verdade é a melhor saída. Portanto, seja clara e diga a pessoa que não gosta de papinhos paralelos. Você não precisa ser indelicada(o), basta dizer que isso a (o) incomoda e, então, prefere continuar no seu canto. Às vezes, com receio de parecermos prepotentes, agimos de um jeito que, na verdade, vai contra os nossos princípios. Daí, agradamos o outro e nos frustramos. Isso não é legal. Aja por você, respeite os seus valores e faça valer a sua vontade. Cada um é livre para escolher o rumo que quer seguir. Escolha o seu e siga adiante.

 

 

 

 

 

Porque você não para de pensar um pouco? Psicologia da Atenção (Mindfulness)

Publicado por  

Lembro quando eu era criança e ficava brincando com meus amigos de quem conseguia ficar em silêncio mais tempo. É com alegria que lembro destas cenas de infância porque era engraçado ver que não conseguíamos ficar em silêncio nem por um minuto.

Se você acompanha o nosso site, já deve ter percebido que a psicologia é uma área de conhecimentos, teóricos e práticos, extremamente ampla. Uma área que é relativamente pouco conhecida entre nós é a chamada Mindfulness Psychology, um termo que normalmente não é traduzido para o português, mas que podemos pensar como sendo Psicologia da Atenção Plena, da Consciência.

Dizendo atenção e consciência talvez não fique tão claro o que é a Mindfulness Psychology. A origem da ideia de Mindfulness é budista, mas na prática psicológica e psiquiátrica, as práticas são pensadas e aplicadas independentemente da religião. Ou seja, o paciente que queira, por exemplo, diminuir o seu nível de ansiedade, pode aprender uma prática extremamente eficaz de meditação, sem que tenha que abraçar concepções budistas.

Como o próprio budismo pode ser pensado como uma prática que não se enquadra no que pensamos, em geral, como sendo religião, a utilização de técnicas mentais, de concentração e atenção faz todo sentido.

Para saber mais sobre, clique em Meditação Vipassana

Outra definição para Mindfulness é a seguinte: “Mindfulness é um estado de atenção aberta e ativa ao momento presente. Quando você está neste estado, você observa seus pensamentos e sentimentos de uma distância, sem julgá-los bons ou maus. Ao invés de deixar que a vida passe por você, você permanece em um estado de atenção consciente para a experiência”.

Porque você não para de pensar um pouco?

Para a nossa cultura, herdeira da filosofia grega e da ciência, parar de pensar pode ser um contrassenso evolutivo. Se lutamos tanto tempo para sermos mais racionais, para desenvolvermos o pensamento, para termos a capacidade de analisar e abstrair, qual é a vantagem de parar de pensar?

Bem, segundo pesquisas, os neurocientistas descobriram que pensamos cerca de 60.000 vezes por dia. Já imaginou? 60 mil pensamentos por dia. Para falar a verdade, não sei se este número está certo, também não sei como eles fizeram esta conta. De todo modo, não precisamos da neurociência para saber que pensamos demais.

Acontece que os pensamentos em geral não são pensamentos filosóficos, científicos ou conceituais. Quer dizer, a maior parte dos pensamentos – tirando os pensamentos que são úteis e práticos para o dia-a-dia – são pensamentos que, se forem retirados, não farão nenhuma diferença. Melhor dizendo, sendo retirados, darão mais espaço e mais tempo para viver melhor.

Dois exemplos nos ajudarão a entender porque pensar um pouco menos, certo tipo de pensamento, pode ser útil para o nosso bem estar físico e psíquico.

Preocupações: o exemplo clássico de preocupação é, no Brasil, o de ter uma conta para pagar e de não ter certeza se terá o dinheiro necessário para quitar. Ora, com esta situação, a pessoa fica se preocupando: pensando mil pensamentos de preocupação sobre como vai pagar a conta, e se não pagar a conta, como pode encontrar dinheiro e por ai vai…

Ansiedade: creio que já é bastante popular a ideia de que a ansiedade é uma forma de pensamento que se volta para o futuro, para o que deve acontecer (como desejo) e para o que não deve acontecer (como medo ou receio). Nesse sentido, a ansiedade é uma negação do momento presente, a vontade que o futuro bom chegue logo e a angústia de que o futuro negativo possa chegar. Assim como nas preocupações, a ansiedade gera uma torrente de pensamentos que obscurecem a atenção e a vivência do aqui e do agora.

Assim, se existem tantos e tantos pensamentos sem sentido, desfuncionais, negativos, não faz todo o sentido do mundo não tê-los?

Porém, aqui vem a pergunta: mas como fazer para pensar menos em problemas? Como fazer para diminuir o fluxo mental negativo e ficar mais em silêncio?

Como na brincadeira de infância, talvez ainda não tenhamos desenvolvido a habilidade do que ficar alguns segundos com a boca e a mente silenciadas.

Como treinar a Mindfulness?

Bem, existem diversas técnicas interessantes além da meditação sentada ou meditação zen ou vipassana.

Alguns exercícios encontrados na literatura são os seguintes:

Tomar banho: normalmente, quando tomamos banho, fazemos de certa forma os movimentos de forma automática. A ordem com que nos lavamos também é automática. Se quisermos, podemos utilizar este momento para ficarmos mais atentos ao momento presente, sentindo as sensações provocadas pela água e o banho como um todo. Ou seja, retira-se o foco de todos os pensamentos e emoções que não tem relação nenhuma com o banho e o que resta? O banho, o momento presente.

Comer: assim como tomar banho, o ato de nos alimentarmos para a maioria das pessoas é totalmente automático. Engole-se a comida e pronto. Ainda que o dia-a-dia possa ser corrido, se tivermos 15 minutos, por exemplo, para almoçar, podemos utilizar estes preciosos minutos para estar presente, para sentir os gostos e cheiros, para apreciar o momento e silenciar também o fluxo mental. Menos pensamentos, mais detalhes das sensações.

Exercícios físicos: cada pessoa tem, com certeza, preferência por um tipo de esporte. Quando eu era criança, jogava futebol. Hoje prefiro fazer pilates. Veja mais sobre – Porque você deve fazer Pilates - Enfim, independente do esporte que você goste, aproveito os momentos da prática esportiva para estar ali, para esquecer o que te preocupa, o que te traz ansiedade. Trazendo a mente para o presente, você conseguirá diminuir o número excessivo e desnecessário de pensamentos.

Conclusão

A Mindulfulness psicologia ou psicologia da atenção plena e da consciência é praticamente desconhecida entre nós. É normalmente definida como uma das linhas da psicologia cognitivo-comportamental ou apenas cognitiva e foi desenvolvida a partir da década de 1970 quando se percebeu que algumas práticas orientais (despidas de seu caráter religioso) poderiam ser úteis para alguns tratamentos de doenças mentais.

Não há dúvida que pensamos demais. Já que os pensamentos que são pensados não são geralmente interessantes do ponto de vista teórico (ou seja, não são pensamentos filosóficos, científicos, teológicos) nem práticos (pensamentos úteis para o dia-a-dia) faz todo o sentido diminuir este fluxo incessante de pensamentos desinteressantes, inúteis ou até prejudiciais para estar mais presente no presente.

 

 

 

FAÇA TERPIAPiscadela

 

Terapia traz felicidade 32 vezes mais do que dinheiro Um estudo feita nas universidades de Warwick e Manchester, ambas no Reino Unido, concluiu que a psicoterapia pode ser 32 vezes mais efetiva em fazer alguém feliz do que simplesmente a obtenção de mais dinheiro. Segundo os pesquisadores, além das implicações óbvias para o bem-estar geral da população, a pesquisa poderá ter implicações diretas sobre as grandes somas de dinheiro disputadas nos tribunais em processos de ressarcimento de danos morais. Como aumentar a felicidade? Chris Boyce e Alex Wood compararam grandes conjuntos de dados onde milhares de pessoas haviam feito relatos sobre o seu bem-estar. Eles compararam então as situações nas quais o bem-estar mudou devido à psicoterapia, com as situações nas quais o bem-estar aumentou devido à obtenção repentina de grandes somas de dinheiro, incluindo de prêmios de loteria a aumentos de salário. Eles verificaram que 4 meses de terapia psicológica têm o maior efeito sobre o bem-estar. O ganho em bem-estar durante a terapia - que custa em média £800,00 - somente era superado por um aumento nos ganhos equivalente a £25.000,00. Desta forma, em termos estritamente econômicos, a pesquisa demonstrou que é 32 vezes mais efetivo gastar o seu dinheiro em uma terapia do que perseguir um ganho financeiro capaz de lhe dar o mesmo aumento de bem-estar. Felicidade Interna Bruta Os governos buscam o crescimento econômico a todo custo, na crença de que ela irá aumentar o bem-estar dos seus cidadãos - ainda mais agora, em tempos de substituição do PIB pela FIB - Felicidade Interna Bruta. No entanto, a pesquisa sugere que mais dinheiro só leva a aumentos quase desprezíveis da felicidade e é uma maneira ineficiente de buscar o aumento da felicidade de uma população. A pesquisa sugere que, se os governantes estiverem realmente preocupados com a melhoria do bem-estar da população, seria melhor aumentar o acesso e a disponibilidade de cuidados à saúde, em seus diversos aspectos, sobretudo os psicológicos. Valorização excessiva do dinheiro "Frequentemente, a importância do dinheiro para melhorar o nosso bem-estar e trazer maior a felicidade é largamente sobrevalorizada em nossa sociedade," dizem os pesquisadores no estudo, que acaba de ser publicado no periódico científico Health Economics, Policy and Law. "Os benefícios de ter uma boa saúde mental, por outro lado, muitas vezes não são devidamente levados em conta e as pessoas não se apercebem do poderoso efeito que a terapia psicológica, como o aconselhamento geral, pode ter na melhoria do nosso bem-estar," concluem eles.

 

 

FORJANDO A ARMADURA

Nego submeter-me ao medo, que tira a alegria de minha liberdade, que não me deixa arriscar nada, que me torna pequeno e mesquinho, que me amarra, que não me deixa ser direto e franco, que me persegue, que ocupa negativamente a minha imaginação, que sempre pinta visões sombrias.

No entanto, não quero levantar barricadas por medo do medo.
Eu quero viver, não quero encerrar-me. Não quero se amigável por medo de ser sincero. Quero pisar firme porque estou seguro, não para encobrir meu medo. E quando me calo, quero fazê-lo por amor, não por temer as consequências de minhas palavras.

Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar.
Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto.
Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.
Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim.

Por medo de errar, não quero tornar-me inativo. Não quero fugir de volta para o velho, para o inaceitável, por medo de não me sentir seguro novamente. Não quero fazer-me de importante porque tenho medo de ser, caso contrário, ignorado.

Por convicção e amor quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer. Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao Amor. E quero crer no reino que existe em mim.

(Rudolf Steiner)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SÍNTESE OBJETIVA DO ARTIGO: “PROCESSOS COGNITIVOS E PLASTICIDADE CEREBRAL NA SÍNDROME DE DOWN

 

Autoras: SILVA, Maria de Fátima Minetto Caldeira

 

KLEINHANS, Andréia Cristina dos Santos

 

Publicado na Revista Brasileira de Educação Especial. V. 12, n. 1. p. 123-138 Marília – 2006

 

 

 

            Plasticidade Cerebral é a capacidade que o cérebro possui em  se remodelar em função das experiências do sujeito, reformulando as suas conexões em função das necessidades e dos fatores do meio ambiente.   O artigo tem o intuito de abordar e discutir algumas das descobertas relacionadas aos processos cognitivos na Síndrome de Down (SD), procurando evidenciar a importância da plasticidade cerebral no desenvolvimento e na aquisição da aprendizagem. As autoras propuseram um apanhado dos processos cognitivos na SD, e correlacionaram com os conceitos gerais de plasticidade cerebral e verificaram como tais conhecimentos podem favorecer a aprendizagem. O artigo é uma revisão do que escrito de pesquisas sobre SD, desde as mais antigas até as mais recentes.

 

                As autoras iniciam o artigo citando números estatísticos em relação à SD. A mesma é uma síndrome genética de maior incidência de deficiência mental. Dados do IBGE apontam para 8.000 novos casos por ano em nosso país e o senso de 2000 verificou uma população de 300 mil pessoas acometidas desta síndrome no Brasil. A expectativa de vida para a SD é de aproximadamente 50 anos.

 

            Estes dados indicam a constante necessidade de pesquisa e de busca de conhecimento sobre SD, desta forma, salienta-se a necessidade de melhor formação dos profissionais que estão no atendimento/trabalho direto com SD, no sentido de melhor preparo para o atendimento às necessidades destes em suas especificidades.

 

            A SD é caracterizada por um erro na distribuição de um cromossomo extra no par 21, que provoca um desequilíbrio da função reguladora que os genes exercem sobre a síntese de proteína, perda de harmonia no desenvolvimento e nas funções das células. Ainda não se conhece a causa desta alteração. A SD também necessita de um conjunto de exames específicos para ser  detectada. Estes exames são de grande importância no sentido de que, se não detectadas e tratadas, irão interferir no desenvolvimento da criança.

 

            O SNC da criança com SD apresenta anormalidades estruturais e funcionais, que podem resultar em disfunções neurológicas, que podem vaiar quanto a manifestação e intensidade. Todos os neurônios são afetados na maneira como se organizam nas mais diversas áreas do cérebro e não só há alterações na estrutura formada pelas redes neuronais, mas também nos processos funcionais da comunicação entre ambos.

 

            As principais áreas cerebrais atingidas acometem as estruturas responsáveis pela atenção auditiva, linguagem, memória de longo prazo, pensamento abstrato, memória lógica intelectual, memória seqüencial, auditiva, tátil e cinestésica.

 

            A função do cerebelo é ajustar os movimentos corporais, integrando as informações proprioceptivas e as sensações sinestésicas para realizar os movimentos voluntários. Pessoas com SD tornam-se mais lentas, simplificando seus movimentos, como estratégia para compensar a falta de dados sensoriais de qualidade. Estudos  também apontam para que a deficiência mental na SD possa estar relacionada a uma desorganização de um sistema que mantém o equilíbrio da função mental.  Esse sistema pode ser modificado na interação com o meio ambiente, o que pode levar a processos de superação e adaptação.

 

            Em relação à “Plasticidade Cerebral”, sabe-se hoje, que pode ocorrer uma lesão cerebral e as áreas relacionadas podem assumir em parte ou totalmente as funções daquela área lesada. A Plasticidade Cerebral envolve todos os níveis do sistema nervoso ou seja, do córtex até a medula espinhal. É a propriedade do sistema nervoso que permite o desenvolvimento de alterações estruturais em resposta à experiência e como adaptação a condições mutantes e a estímulos repetidos. Quanto menor for a área lesionada, maior a tendência de uma recuperação autônoma. Esta recuperação é observada maior em crianças do que nos adultos.

 

            Não se pode deixar de citar que as condições ambientais e familiares estão relacionadas diretamente com o desenvolvimento global do indivíduo. Existem os riscos de vulnerabilidade às quais o sujeito pode estar exposto. Sendo estes: biológicos, estabelecido e ambiental. Pesquisa tem evidenciado a possibilidade da plasticidade cerebral mediante estimulação do meio, através de tratamentos e terapias especiais multiprofissionais.

 

            As autoras concluem que a inserção da família como parte ativa no tratamento ficou evidente nas pesquisas. Hoje, já não se concebe mais um atendimento fragmentado, sendo que estes minimizam os fatores de risco em relação à família, escola e todos os profissionais que fazem o acompanhamento de uma pessoa com SD. Existe um esforço da comunidade científica em ampliar as pesquisas em relação à SD, mas isso só terá sentido forem promovidas mudanças nos diferentes sistemas em que uma pessoa com SD esteja inserida. O objetivo maios é oferecer a todas as pessoas co SD uma otimização de sua qualidade de vida, viabilizando sua autonomia.